Justiça Eleitoral do RN inicia preparação para as Eleições 2026

Próximas eleições foram discutidas em último encontro com chefes de cartório em 2024

Próximas eleições foram discutidas em último encontro com chefes de cartório em 2024

O dia de hoje (13) marcou o fechamento dos encontros de Avaliação das Eleições 2024 e o início do planejamento das Eleições 2026 do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte. Reunidos no auditório do Centro Operações da Justiça Eleitoral (COJE), chefes de cartório e representantes das unidades da Secretaria do TRE-RN, sob a coordenação da Secretaria de Tecnologia da Informação Eleições (STIE), discutiram principalmente as soluções de melhoria propostas para as atividades do próximo pleito.

O encontro desta sexta-feira dá prosseguimento às trocas de experiências que se realizaram durante todo o dia de ontem (12), quando os chefes de cartório apresentaram a visão das ZEs acerca do transcurso do processo eleitoral, com compartilhamento de boas práticas e sugestões de aprimoramento dos variados aspectos do pleito.

Uma das boas práticas destacada no evento foi o uso da Inteligência Artificial nos trabalhos da 62ª Zona Eleitoral, de João Câmara, cujo chefe, João Mílton, ressaltou que se utilizou do ChatGPT para criar o roteiro da diplomação dos eleitos na circunscrição, a partir da Cartilha da Diplomação disseminada em outubro pela Assessoria de Comunicação Social e Cerimonial (ASCOM).

Segundo Jussara Borba, da Seção de Planejamento e Logística das Eleições (SPLE), o dia de hoje se caracteriza como o momento de finalização de todo o trabalho realizado em 2024, mas que em verdade estabelece uma “virada de chave” rumo ao planejamento das Eleições 2026. 

“É um ponto de transição, porque neste instante soma-se à perspectiva das Zonas Eleitorais a participação das unidades da Secretaria do TRE-RN quanto aos aprimoramentos que possam vir a ser efetivados no transcurso do pleito. Neste momento, o que aqui se apresenta é uma visão geral do processo eleitoral a todos os servidores, por intermédio das lideranças da Casa”, disse ela. 

Jussara destacou que desde a criação da Coordenadoria de Eleições, logo após o pleito de 2022, a realização dos pleitos eleitorais no Rio Grande do Norte passou a constituir um trabalho cíclico ativo, tendo em vista que imediatamente após o primeiro turno já se iniciam as etapas essenciais do planejamento do próximo evento. Cada fase do processo, a exemplo do que ocorreu com o encerramento do cadastro eleitoral, é seguida de avaliação e de relatórios nos quais são apresentados os pontos positivos e negativos e as propostas de melhoria.

A chefe da SPLE ressaltou que ao fim do encontro de hoje já deverão estar definidas as estratégias para as Eleições de 2026, bem como o cronograma das atividades e ações.

Essa forma de planejamento em ciclos, ao longo do processo eleitoral em todas as suas fases, de acordo com Jussara, possibilita o amadurecimento da visão que se deve ter do processo eleitoral como um todo, porque não se trata de obter apenas a perspectiva da área de TI acerca do pleito, mas de observar os diversos ângulos apresentados pelas múltiplas visões das diversas unidades do Tribunal sobre a complexidade que é a realização de um pleito. “O que se pretende aqui é coletar a manifestação de todos os envolvidos nas eleições”, finalizou.

Solon Rodrigues, do Gabinete da Escola Judiciária Eleitoral, manifestou que o TRE-RN “vem se apresentando na vanguarda do planejamento eleitoral”, ao discutir com transparências as questões relativas aos pleitos e avaliar as Eleições 2024 “numa perspectiva cujo foco está no que pode ser aperfeiçoado para as Eleições 2026”.

Inteligência Artificial como “ferramenta” de trabalho da Justiça Eleitoral 

João Milton (62ª ZE) falou no evento sobre como a Inteligência Artificial vem sendo integrada às atividades da Justiça Eleitoral, destacando as aplicações práticas dessa tecnologia no contexto eleitoral, benefícios alcançados e desafios enfrentados, com foco nas Eleições Municipais de 2024.

Entre os principais avanços apresentados, segundo ele, destaca-se a automatização de tarefas repetitivas, tendo em vista que a IA tem agilizado processos como análise de documentos, organização de dados e identificação de padrões, permitindo que os servidores dediquem mais tempo a atividades estratégicas. Além disso a IA tem possibilitado a análise de dados em tempo real. “Insights rápidos sobre o comportamento do eleitorado e identificação de potenciais riscos de fraude foram possíveis graças a essa tecnologia”, comentou.

João Milton enfatizou ainda o uso da IA na elaboração de documentos como ofícios, editais e portarias, de modo a garantir uniformidade, agilidade e conformidade com a legislação. E destacou o suporte da IA na redação de decisões interlocutórias e sentenças simples, que permitem a padronização desses atos e a otimização do tempo.

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